sábado, 6 de agosto de 2011

O despertar de um novo dia

A claridade já aparecia por entre os vãos da janela. O despertador despertava num gritar ensurdecedor. Porém, os olhos que presente ali estavam, se encontravam perdidos num dos sonos mais profundos que jamais havia sido presenciado. A mão ecoava pelos ares para acertar o minúsculo botão que se escondia na cômoda empacotada de papéis. Tal escandaloso já indicava seis horas da manhã... Sentiria enraivedecido com a bofetada que uma mão desnorteada lhe acertara, caso tivesse sentimentos próprios, mas não, simplesmente aquietou-se, tornando o ambiento tranquilo novamente.

A mão certeira voltava-se ao seu leito. Uma jovem moça se debruçava como que se dissesse que havia se ludibriado com o mais belo dos belos sonhos. Seu rosto, ainda adormecido, sorria delicada e desconcertadamente. O relógio já abatido por tal mão se pronunciava novamente. E a mão, agora mais acordada do que anteriormente, acertara-o logo de primeira. O gritar do relógio agora dava espaço ao rangido da porta que se entreabrira quase que de imediato. Uma voz ecoara para dentro do quarto, porém, incompreensível tal como o cantarolar das sereias se assim existissem. A voz, mais uma vez se pronunciou, iluminou o restante do quarto da moça que tateava o chão com os pés a procura de seus chinelos e saiu de seu quarto, rumo a mais um devaneio real.


Joyce C. L. Gomes
26 - Janeiro - 2008

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