quinta-feira, 9 de maio de 2013

Você sabe o que é um trabalho em grupo?



Você sabe o que é um trabalho em grupo?

Eu desconhecia até o momento em que tive que entrar num grupo para realizar um projeto. Aliás, a história vem bem antes disso. Tudo começou na escola, quando a professora juntou-nos em grupos para realizar uma maquete. Eu, agora, não recordo exatamente sobre o que era, mas recordo que havia argila, montanha, madeira...

Depois vieram outros trabalhos em grupo, onde, na verdade, eram apenas duplas. O engraçado é que desde então, eu comecei a reparar que num grupo nem todos conseguem fazer algo, pois uns jogam para os outros e depois se dispersam em “sabe-se se lá o quê”.

Veio o Ensino Médio e o trabalho em grupo continuou ali presente. E até a sistemática continuou a mesma: grupo de cinco onde 2 pessoas faziam todo o trabalho, sendo um para a pesquisa e outro para a concretização dela, e o resto fazia nada, nem comparecia nos encontros grupais.

O Ensino Médio se foi e veio à faculdade e acredite: essa dinâmica de “grupo” continuou. E o projeto em grupo realizado era anual. E você: já imaginou ter que encarar as mesmas caras de segunda a segunda, sabendo que sequer escolheu e sequer foi escolhido?; sabendo também que foi uma escolha simultânea, buscando afinidades desconhecidas para um primeiro momento?

Pronto! Lá está o grupo formado!

Grupo formado e cada um sem saber o que deve fazer e todos tentando fazer a mesma coisa. É uma confusão! Mas, é bem por aí mesmo... Até pesquisa de como formar e se lidar com um grupo foi feita. É preciso aprender a se trabalhar com as diferenças, não é?

E foi encontrado vários tipos de pessoas nesses grupos: há a pessoa que não sabe o que fazer, há aquela que só quer mandar, há o tímido, há aquele que nunca tem a opinião formada e sempre se escora nos outros... Ou seja, infinidades de personalidades em diversas pessoas.

Enfim, grupo formado, já com algumas afinidades em comum encontradas. Depois vem as competições internas para provar que um é melhor do que o outro. E nesse entremeio, há outros grupos, vivendo a mesma situação. Mas, além disso, há ainda as competições entre os grupos já formados.

Um grupo se fecha porque quer manter as ideias e as atitudes internamente, zelando assim pela imagem que o outro grupo vai ter, mas às vezes solta o que não deveria... Algo do tipo “aquele cara é um mala, não suporto mais ele no grupo!” E o mal estar interno interfere no relacionamento, que interfere no trabalho, que interfere nas notas... que interfere em tudo! O mal estar corre solto porque, na verdade, ninguém sabe como trabalhar em grupo até sair de um, pois decide não entrar em mais nenhum!

Depois de ver tanta competição interna e externa, procurei no dicionário o significado de “grupo”. Então, percebi que o significado era um tanto quanto engraçado... 

Você sabia que a palavra “mentira” é uma das definições dada pela palavra “grupo”? Pois é, estava lá no dicionário! Outra definição dada: “certo número de pessoas reunidas”. Mas, essas pessoas reunidas não fazem nada? 

Está aí a grande mentira, porque a definição não diz que há a realização de alguma ação desse grupo, pois são todos inertes, pequenos átomos que preenchem o espaço vazio.

Deve ser por isso que a ideia de montar um “grupo” é falha, é mentira, é um átomo... 

Até o átomo é algo tão pequenino e algo que até hoje não consigo entender exatamente o que é. Mas sei que um átomo junto com o outro forma uma matéria, isto é, forma algo sólido, mas mesmo assim não tem ação. Será que isso quer dizer que "grupo" é algo sólido que não tem ação, e só é importante porque compõe um conjunto de coisas?

Que tal criarmos outro termo para ser utilizado já que esse é uma mentira e é tão sem ação?


Joyce Gomes
09/05/2013

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Guitarra Flutuante 
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3 comentários:

  1. Joyce - os meus trabalhos "em grupo" na época da escola acabavam que um fazia e o resto levava nota! Quase "igual qui nem" todo trabalho em grupo.
    Hoje parece que não mudou muito. Tem um que faz, um que divulga e um monte que aparece na fotografia como O GRUPO! Interessante, né?

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  2. Acho que tudo isso depende de inúmeros fatores. Durante os estudos, não temos um líder, um coordenador do grupo que tem autoridade sobre todos e os dirigem para a direção correta. Esse é um ponto muito importante para o sucesso de um trabalho. Embora temos a figura do professor, este não passa de um orientador que se limita a explicar sua proposta de trabalho e mandar o grupo "se virar".
    Além de tudo isso, vejo que em situações como esta os melhores profissionais se destacam, pois enquanto uns vivem reclamando que o grupo não ajuda (e que realmente é terrível), o aluno diferenciado enxerga como um desafio e oportunidade de mostrar sua competência e ficar na frente à passos largos na verdadeira competição: o mercado.
    De qualquer forma, texto muito bem elaborado e interessante. Parabéns, Joyce.

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