O silêncio bate à porta. Ninguém vem atender. O grito mudo é silêncio. O silêncio bate a janela. As portinholas voam e batem na parede, mas ninguém pode ouvir. O silêncio voa junto do ar, do vento..., mas ninguém pode sentir. O olhar transborda de silêncio. O amor, a paz, a inquietação... tudo é possível no silêncio.
O recomeço vem depois da quietude. Mas a plenitude vem depois do recomeço? Sempre é tempo de recomeçar, de iniciar... o princípio pode ser todas às vezes. Depende do olhar, do amar, do falar. Ah! O amor...
A batida do coração, ninguém pode ouvir. Mas quando para, todos estão a chorar.
“Silêncio! ”
“Mas eu quero falar! ”
“Mas eu não quero te ouvir, fica quieto! ”
“Por favor, só mais uma frase...”
“Silêncio! ”
E a boca fica muda, o coração matraca saltitando.
“Eu nasci para te amar”.
Joyce Gomes
Joyce Gomes
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Guitarra Flutuante
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